Biocultura

Novembro

Capturados pelo sexo: a medicalização da sexualidade masculina em dois momentos


RESUMO
O objetivo deste artigo é refletir sobre a medicalização da sexualidade masculina a partir do contraponto entre dois processos históricos distintos. O primeiro deles se refere ao grande movimento de intervenção na sexualidade masculina ocorrido no início do século XX no Brasil em torno da sífilis e do combate mais geral das doenças venéreas. O segundo diz respeito à medicalização da sexualidade via o foco na disfunção erétil e na chamada andropausa e a criação de uma nova farmacologia do sexo que se torna incontornável na passagem para o século XXI. Esse contraste permite perceber certas diferenças importantes. Destaca-se a nova ênfase na noção de saúde sexual baseada no aprimoramento individual e uso de medicamentos além da promoção do interesse masculino no desempenho sexual como porta de entrada para se chegar ao tratamento da saúde do homem.
Palavras-chave:  Sexualidade masculina, Medicalização, Saúde sexual, Disfunção erétil


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SETEMBRO


MATTHES, Priscila Maria da Maia – PUCPR 
CASTELEINS, Vera Lúcia – PUCPR 

Com os problemas ambientais crescendo a cada momento, a preocupação com o que se tem
feito para frear esse desenvolvimento aparece em grande destaque nos meios de comunicação
em geral. Um dos fatores muito comentado é a Educação Ambiental, como ela tem sido
tratada perante a população em geral e principalmente nas escolas nos diferentes níveis de
ensino. Para isso é necessário entender a Educação Ambiental e sua relação com a formação
do cidadão, identificando leis no contexto educacional, apontando os principais pontos ao
longo de sua história e investigando os conhecimentos dos profissionais da área e seus
projetos nas escolas. A temática deste texto está relacionada alicerçada em pesquisa realizada
em uma escola estadual localizada na cidade de Morretes/Pr e no Museu de História Natural
do Capão da Imbuia (MHNCP) da cidade de Curitiba. A pesquisa teve como objetivo
verificar a atuação dos professores no desenvolvimento de projetos e programas de educação
ambiental na escola básica (ensino fundamental e médio), as dificuldades enfrentadas, bem
como os fatores considerados mais relevantes pelos mesmos para realização deste trabalho. A
abordagem de cunho qualitativo (Triviños, 1987), pois o ambiente tem um valor essencial
para alcançar das pessoas uma compreensão mais clara de suas atividades. O instrumento de
coleta de dados foi questionário aplicado aos professores da escola e do Museu. Ficou
evidenciado que as dificuldades estavam relacionadas às próprias deficiências na formação
inicial. Os resultados obtidos demonstraram que ecologia, saúde e higiene o ser humano
precisa inserir-se no contexto ambiental, reconhecendo-se como ambiente tendo a amplitude
de enxergar um futuro melhor e mais cheio de esperança, quebrando, o paradigma da
reprodução de miséria, da ignorância e da falta de humanidade.


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JUNHO



HIV/AIDS: UMA HISTÓRIA EM CONSTRUÇÃO

Pricila F. de S. Bianchini1

Aline M. Strub1

Ariane N. Evaristo1

Franciéli R. Varaschini1

Raquel de Mello1

Alana Soares1


O trabalho desenvolvido foi uma proposta de Projeto Integrador, onde o tema geral era 

“Sexualidade”, sendo que o grupo trabalhou com o subtema HIV/Aids, o qual ganhou 

o seguinte título “HIV/Aids: Uma História em Construção”. O Projeto Integrador tem 

como objetivo formar profissionais da educação com uma visão ampla de saberes das 

Ciências Biológicas envolvendo a pesquisa e a integração dos componentes curriculares 

do semestre vigente. A partir de uma revisão bibliográfica buscou-se abordar aspectos 

da história biológica e social da origem do HIV e por conseguinte da Aids, realizando 

uma análise de duas teorias a respeito da sua origem. Também foi apresentado alguns 

estudos sobre o uso de plantas medicinais no tratamento da síndrome apontando para 

a falta de trabalhos relacionados com o assunto. Um estudo sobre a vulnerabilidade de 

pessoas com algum tipo de deficiência em contrair o HIV e desenvolver a Aids também 

foi apontado, onde se constatou a falta do trabalho de conscientização e informação para 

este público, devido ao fato de se pensar que estas pessoas não possuem vida sexual. 

Por fim e como um dos objetivos do trabalho, foi elaborado um E-book, neste material 

existem informação, dicas, relatos de experiências, sugestões de filmes, jogos didáticos, 

imagens de campanhas, dentre outros itens que falam a respeito do HIV e Aids. Este 

material didático foi elaborado com o intuito de facilitar o trabalho do professor de 

ensino médio em desenvolver o tema com seus alunos, o link para acesso do e-book 

é <http://issuu.com/bioraque/docs/ebook_aids _em> e se intitula “AIDS: Uma Luta 

Contra Preconceitos”.

Palavras Chaves: Projeto integrador. Sexualidade. Ensino. HIV. AIDS.

 Acadêmicas do curso de Ciências Biológicas – Licenciatura, UFFS, campus Realeza, 

pricila_bianchini@hotmail.com . Orientadores: Marilisa Bialvo Hoffmann; Ruben Alexandre Boelter; 


Berta Lucia Pereira Villagra; Cristiane de Quadros; Renata Orlandi; Ronaldo Aurélio Gimenes Garcia.





MAIO


Fernando Seffner
Resumo

Este artigo aborda os desafios enfrentados quando se busca modi-ficar os regimes de desigualdade na escola envolvendo atributos de gênero e sexualidade. Utiliza-se a etnografia de cenas escolares em três escolas públicas de Porto Alegre, as quais são palco de ações autoclassificadas como de “combate à homofobia”, “respeito pela diversidade” e “inclusão para todos”. Não se trata de fazer uma avaliação das políticas públicas, uma vez que há pouca enverga-dura do trabalho de campo, mas a reflexão sobre o que foi obser-vado e relatado tem importância como insumo de monitoramento e avaliação das ações, bem como para estimular a reflexão teórica acerca das categorias conceituais em que tais ações se baseiam. O texto está estruturado em três unidades. Na primeira, percorre-se parte da complexa discussão conceitual e política que hoje envolve categorias como diferença, diversidade, inclusão, igualdade e desi-gualdade, em articulação com as categorias do campo específico: gênero, sexualidade e masculinidades no espaço escolar. Na segun-da unidade, explicita-se o método de etnografia de cenas escolares, situando o contexto das escolas e dos grupos de alunos. A terceira narra algumas cenas, articulando seu conteúdo com questões de or-dem teórica e com diretrizes de políticas públicas vigentes na área. A principal hipótese aqui desenvolvida é de que as ações escolares parecem querer valorizar a diversidade sem tocar no estatuto da heteronormatividade, o que compromete seu alcance.

Palavras-chave

Escola – Heteronormatividade – Diversidade de gênero – Diversidade sexual – Políticas públicas.





ABRIL

Todavia existe uma cultura ancestral que marca um país!

CULTURAS EM TRANSFORMAÇÃO: os índios e a civilização

Clarice Chon

RESUMO:A partir da experiência de um grupo indígena brasileiro, este artigo realiza uma reflexão sobre as transformações culturais e o perigo de perda cultural e de identidade. Para isso, retomam-se os conceitos de cultura e civilização tais como concebidos e pela antropologia e no senso comum, contrapondo-os às noções indígenas de cultura e tradição, com o objetivo de entender como elas lidam com a permanência e a mudança cultural. 

Palavras-chave: cultura; etnicidade; índios no Brasil; identidade; história indígena.

Muito se comenta, e se lamenta, que os índios estão perdendo sua cultura. Um índio calçado e vestido com calça jeans, falando português, utilizando gravadores e vídeos ou morando em uma favela em São Paulo aparece aos olhos do público como menos índio. Eles deveriam seguir suas tradições, se diz. E nós deveríamos deixá-los em paz, devolvê-los ao isolamento, para que possam seguir seus caminhos.

É claro que devemos muito aos nossos índios, e precisamos deixá-los em paz. A questão é como fazer isso. Certamente não é devolvendo-os a um isolamento que nunca conheceram, pois nós somos apenas mais um dos outros povos com que cada povo indígena manteve contato ao longo da história, seja através de trocas amistosas, seja de forma bélica. Por outro lado, não somos "apenas" mais um povo; nossa tecnologia nos faz especialmente perigosos e, ao longo desses 500 anos, a história não tem sido fácil para os índios, que tiveram que lutar para sobreviver a epidemias, guerras, escravidão, aldeamentos e esforços de integração à população nacional ¾ e foram poucos os que conseguiram. Como, então, sem isolá-los, mantendo-os em uma redoma de vidro, podemos contribuir para sua sobrevivência física e cultural?

A questão da sobrevivência física impõe iniciativas objetivas: atendimento médico; garantia de território; punições a práticas de genocídio. Já a sobrevivência cultural apresenta problemas de outro tipo, sendo que o primeiro é defini-la. Para tanto, propõe-se, nesse artigo, fazer uma reflexão do que se entende por "cultura" e "tradição" e, portanto, por sobrevivência cultural, contrapondo essas concepções aos modos como algumas etnias indígenas as entendem e utilizam, em especial os Xikrin, grupo Kayapó que vive no Pará.

Referência: COHN, CLARICE. CULTURAS EM TRANSFORMAÇÃO: OS ÍNDIOS E A CIVILIZAÇÃO. São Paulo Perspec. [online]. 2001, vol.15, n.2, pp. 36-42. ISSN 0102-8839.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88392001000200006.

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Os outros, quem somos? Formação de professores indígenas e identidades interculturais



RESUMO


O trabalho pretende fornecer subsídios críticos à educação escolar indígena no Brasil, centrando-se no aprofundamento do tema do currículo intercultural e a formação de professores indígenas. Para isso, contextualiza a história de projetos de responsabilidade de organizações não governamentais dedicadas, no Brasil nos finais do século XX, à construção de propostas curriculares para o magistério e as escolas indígenas, com visível repercussão nas políticas públicas oficiais. Aborda especialmente alguns desafios teórico-metodológicos que nesses processos estão sendo enfrentados pelos educadores não índios ao desenharem e desenvolverem os currículos interculturais, com suas inevitáveis implicações sobre a representação das identidades sociais e o uso das línguas indígenas e do português de professores e de alunos indígenas.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES – ÍNDIOS – CURRÍCULOS – INTERCULTURAL

MONTE, Nietta Lindenberg. Os outros, quem somos? Formação de professores indígenas e identidades interculturais. Cad. Pesqui. [online]. 2000, n.111, pp. 7-29. ISSN 0100-1574.  http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742000000300001.

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Desafios do currículo multicultural na educação superior para indígenas

RESUMO

O artigo avalia como a universidade brasileira está enfrentando os desafios curriculares para atender à demanda de alunos índios diante do recente acesso institucionalizado dos povos indígenas à educação superior. Apresenta-se a trajetória da educação escolar indígena até a universidade ocorrida nos primeiros anos da década de 2000, após as mudanças promovidas pela Constituição Federal de 1988, que reconheceu o direito indígena à alteridade. A questão central levantada é: o currículo da educação superior está em consonância com a perspectiva multicultural? Mostra-se um retrato da situação brasileira, desenhado a partir de pesquisa documental feita em sites governamentais e não governamentais, além de portais de notícia. Com discussões teóricas em torno do que é o currículo multicultural, destaca-se que, devido aos problemas relatados, a prática de ações afirmativas para promover o acesso de indígenas ao ensino superior tem-se limitado a um multiculturalismo reparador. Expõe-se também o resultado de pesquisa feita com discentes indígenas de um dos cursos mais procurados da Universidade Federal do Pará, que revelou contradições e resignação: os entrevistados apontam a existência de um etnocentrismo curricular, mas dizem que a formação é satisfatória para o exercício da profissão escolhida. Discute-se o fenômeno à luz da semelhança com o multiculturalismo curricular norte-americano. Os resultados indicam que a igualdade no acesso à educação não é obtida simplesmente pela igualdade de acesso a um currículo hegemônico. Sugere-se pensar currículos que considerem as múltiplas identidades e diferenças de nossa sociedade, bom como o modo como estas são produzidas e reproduzidas constantemente por meio das relações de poder.

 DAVID, Moisés; MELO, Maria Lúcia  and  MALHEIRO, João Manoel da Silva. Desafios do currículo multicultural na educação superior para indígenas. Educ. Pesqui. [online]. 2013, vol.39, n.1, pp. 111-125. ISSN 1517-9702.  http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022013000100008.

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Catequizadores de índios, educadores de colonos, Soldados de Cristo: formação de professores e ação pedagógica dos Jesuítas no Brasil, de 1549 a 1759, à luz do Ratio Studiorum



RESUMO

A presença dos jesuítas no Brasil Colônia, de 1549 a 1759, marcou indelevelmente nossa educação e nossa prática pedagógica. O Ratio Studiorum, compêndio de regras de como ensinar, como aprender, como administrar uma instituição de ensino, foi responsável pela construção de um verdadeiro sistema de ensino no território nacional, pois não somente homogeneizava a prática pedagógica, como estabelecia um único método de ensino/aprendizagem. O objetivo principal da pesquisa cujo relato apresenta-se sob a forma de artigo foi analisar criticamente o Ratio Studiorum de 1599, edição em inglês de 1870, e sua repercussão na formação de professores pela Companhia de Jesus no Brasil, assim como encontrar traços da prática pedagógica dos inacianos e sua influência sobre a sociedade no período estudado. Para tanto, lançou-se mão da historiografia que tivemos acesso, em especial Leite (1938), Lacouture (1994), Franca (1952), Schimitz (1994), entre outros, e de fontes documentais de apoio, utilizando basicamente a crítica hermenêutica para a análise, a interpretação e a crítica dos dados coletados, chegando a algumas conclusões preliminares, como o fato de que a ação pedagógica dos jesuítas incorporou-se na prática pedagógica no Brasil, marcando-a indelevelmente. A pesquisa mostrou também que a educação foi escolhida como opção preferencial assumida pela Companhia de Jesus desde a sua origem, e a forma como o ensino fundado no Ratio, tendo como base teórica o tomismo-aristotélico, auxiliou a conformar a sociedade à cultura luso-europeia, baseada na ordem, na disciplina, na obediência, na autoridade, no respeito hierarquizado às regras.

Palavras-chave: jesuítas; educação; colégios; Ratio Studiorum.


MESQUIDA, Peri. Catequizadores de índios, educadores de colonos, Soldados de Cristo: formação de professores e ação pedagógica dos jesuítas no Brasil, de 1549 a 1759, à luz do Ratio Studiorum. Educ. rev. [online]. 2013, n.48, pp. 235-249. ISSN 0104-4060.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602013000200014.


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A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NA LEGISLAÇÃO E OS INDÍGENAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS


Lucia Gouvêa Buratto


RESUMO:
Neste   artigo   ressaltamos   alguns   princípios   da   legislação   nacional   e internacional   no   que   diz   respeito   a   educação   escolar   das   populações indígenas   e a   mudança de perspectiva principalmente com a Constituição de 1988 e  todo o ordenamento jurídico subseqüente que buscou interromper com a  política  de  assimilação  e  integração  dos  indígenas  garantida  pela  legislação
anterior.   Buscamos   também   ampliar   a   reflexão   sobre   a   situação   de invisibilidade   em   que   vivem   os   indígenas   com   necessidades  educacionais especiais,   que   apresentam   índice     de   deficiências     maior   do   que   o   da população em geral.
Palavras   chave:  Legislação;   Educação   Escolar   Indígena,   Inclusão   dos indígenas com deficiência.

Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/565-4.pdf >

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Alguns vídeos de interesse:

Ditadura criou cadeias para índios com trabalhos forçados e torturas

Don Quijote de la Selva

Quem são os povos indígenas no Brasil


 Nesta página o CABIO tem o objetivo de trabalhar a cultura e o conhecimento, como André Maurois cita "Cultura é o que fica depois de se esquecer tudo o que foi aprendido."